terça-feira, 16 de junho de 2009

Pra falar de amor


Pra falar de amor não pode haver preconceito. Fazer as coisas como quer, se preocupar apenas com seu jeito.
Pra falar de amor é preciso se libertar. Ser cúmplice, saber amar.
Pra falar de amor é preciso a ingenuidade, a pureza de um coração saudável. Não é pensar com a cabeça dos homens e seu raciocínio ideológico. É agir com a alma extrema dos anjos.
Pra falar de amor, precisamos de mais sentidos. Não apenas usar palavras, mas demonstrar com cada gesto. Um “eu te amo” é o um “bom dia”, “oi, como vai você?”, “saudades”, “pensando em você”...
Pra falar de amor não podemos nos esconder através de orgulhos que nos barram. É resplandecer o brilho que há no fundo dos nossos olhos.
Pra falar de amor, não pode haver ausência. Não há como ter ausência quando realmente somos pegos pelos verdadeiros sentimentos. A qualquer modo queremos entrar em contato. Seja direta ou indiretamente. E se a ausência teima em permanecer, não conseguimos suportá-la. Ela faz um barulho tremendo dentro da gente.
Pra falar de amor, nossas atitudes ultrapassam todos os limites. Nos despimos de medos e descumprimentos para nos tornarmos cúmplices.
Pra falar de amor, não existem teorias. Não existem desculpas. Não há o que o obrigue.
Pra falar de amor é preciso mais do que belas palavras. É preciso mais que um toque. É preciso mais que uma noite.
Pra falar de amor é preciso realmente senti-lo.
Pra falar de amor, não pode haver covardia, nem pensar no que se passou. E sim, agir no presente, sonhar com um futuro, esquecer de toda dor.
Pra falar de amor é preciso esquecer de um mundo material e pensar num mundo do coração. É abster-se do que é desigual, é semear uma atitude de perdão.
Pra falar de amor é acreditar que em muitas coisas tudo é lindo. Que o feio se torna belo. Que muitas atitudes nem sempre são a que esperamos.
Pra falar de amor é preciso diálogo. É preciso que os olhos brilhem. É preciso ter coragem. É preciso que haja afinidade.
Pra falar de amor é preciso lutar. Vencer os obstáculos, enfrentar as dificuldades e às vezes até ignorar.
Pra falar de amor, não existe o esquecimento. A pessoa está ali, presente em todos os momentos. Onde quer que você esteja, preso em seus pensamentos.
Pra falar de amor, não é preciso uma prova. Não é preciso uma cama. Não é preciso fazer promessas.
Pra falar de amor é o dia a dia que cresce, que resplandece mesmo quando o tempo se encontra nublado.
É você acordar feliz, querer beijar todo mundo, sorrir pra qualquer um na rua, pelo simples fato de ter quem sempre quis ao seu lado.
Pra falar de amor, as noites, a lua, o sol, as estrelas se tornam poesias. Piadas sem graças, contos intermináveis se tornam nossas alegrias.
Pra falar de amor, é ver como o sorriso dela (e) é engraçado. Como os olhos brilham. Como é suave vê-la (o) conversar, como são puros seus lábios.
Pra falar de amor há o medo de perder; De nunca mais ver quem tanto ama. Há a saudade que machuca, que dói e que pela pessoa especial grita e chama.
É aos poucos se despir e mostrar completamente nua a sua alma.
Pra falar de amor é preciso confiar; Naquilo que está de fato aí dentro, em quem está do seu lado e no que ainda está por vir.
Pra falar de amor, é respeitar os sentimentos do outro, é preciso estar de peito aberto, é preciso se permitir.
Pra falar de amor, é preciso se libertar dos medos, dúvidas e fraquezas. É agir com sinceridade, com verdade, com certeza.
Pra falar de amor é preciso ter caráter, que não é uma prova de si mesmo. Mas suas atitudes em prol do outro que o julgará ser o que é realmente.
Pra falar de amor, não pode haver brincadeira. Não há como ter leviandade. Tem de haver parceria. Tem de haver lealdade.
Pra falar de amor, não existe competição, não existe ciúmes exagerados, não existe “jogo”.
Pra falar de amor, não pode haver comparação. No que foi, no que é e no que ainda há de ser.
Pra falar de amor, não é preciso nos tornarmos completamente cegos. Não é preciso deixar nos envolver por uma pessoa que tão pouco se importa com nossos sentimentos.
Pra falar de amor, não precisamos ser bobos. Não precisamos sempre pisar no escuro e andar sobre o incerto.
Pra falar de amor, só precisamos estar com quem realmente nos quer bem. Estar com quem realmente demonstra isso.
Pra falar de amor, temos que definir a ponte da transparência como algo primordial diante das palavras, das atitudes, sem assunto algum ser vedado.
Pra falar de amor, não precisa de muita coisa. Não precisa de livros, de músicas, literaturas, apenas ser. Ser romântico a seu modo, ser surpreendente, estar próximo, ser amor, amar a si próprio.
Pra falar de amor, não tem porque haver cobranças. Mas tem que haver o respeito mútuo. Tem que haver uma troca. Não há como amar sozinho. O amor é uma via de mão dupla.
Pra falar de amor, é preciso apenas sentir. Afinal, o amor não se explica, a gente simplesmente sente. E pra isso, não existe tempo.

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