segunda-feira, 22 de junho de 2009

Longe


Hoje a noite está serena
Está muito frio lá fora
A janela do meu quarto me encena
Num capítulo que nunca vi outrora

O vento sopra forte, muito forte
Estou só, olhando as estrelas
A lua ora aparece, ora se esconde dentre as alcovas
Prendendo toda minha atenção sobre ela

Apenas seu brilho ilumina minhas folhas de papel
Tento escrever algo que eu possa entender
Decifrar o gosto amargo de uma lágrima,
ou um sorriso doce como mel

Nada se pode dizer quanto ao indecifrável
Podemos apenas admirar os caminhos traçados
Como o dessa pérola da noite que brilha sobre o céu estrelado
Que ora me sorri, ora se esconde sem deixar rastros

Há uma música suave tocando ao fundo
Fazendo-me viajar pra outro mundo
Numa estrada longa sem um final
Levando-me a seguir apenas um sinal

A luz branca que se reflete sobre o chão
Que me passa confiança dentre tanta escuridão
Num caminho tão incerto e desconhecido
Mas que me faz sonhar que no final há um paraíso

(...)

De repente minha folha de papel de versos ficou preenchida
Já não tenho mais o que escrever
O frio aperta ainda mais e estou desprotegida
Preciso me deitar e me aquecer

Meus pensamentos ainda ficam na estrada
Meu olhar, nessa lua engraçada
Aos poucos meus olhos adormecem
Antes mesmo que eu consiga terminar uma prece

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