segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A simplicidade na vida

Você já parou pra observar como o que é mais belo tende a ser simples?
A beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta repararmos a vida silenciosa e perfeita nos jardins, na natureza. Cada flor toma o seu lugar. Não há concorrência entre as rosas, não há angustia nas margaridas e nem ansiedade nos jasmins. Elas simplesmente levam suas vidas no seu devido tempo. Não querem outra coisa a não ser viver cada instante. Não se preocupam em ser melhores, não há exagero de forças, desgaste de energias. Florescem quando precisam florescer. Recebem o sol, chuva, vento e morrem ao seu tempo. São simples.
Pode-se dizer que a simplicidade éo estado mais puro da realidade. Uma semente por exemplo, é simples. Ela é o que é. Pequena, frágil, sem atrativo algum. Não querem ser flores antes do tempo. Não querem ser mais do que podem ser na hora exata. Vivem seu dia a dia simplesmente esperando cada momento.
E nossa vida tende a ser assim. Já dizia o poeta "Simplicidade é querer uma coisa só”. Ele tem razão. Quanto mais queremos, mais chances teremos de não termos nada. Como diz a frase “ Quem tudo quer, nada tem”. Porque querer muito nos torna complexos. Nos enchemos de filosofias, planos e estratéias pra atingir algum objetivo. Nos perdemos muitas vezes da natureza da vida. Dedicamo-nos aos desejos que cegam nossos olhos e assim nos perdemos do que é simples.
Pessoas simples são leves. Carregam menos bagagens quando vão viajar. Preferem guardar suas forças e energias pra aproveitar a paisagem. Já os que carregam tudo mais pesado, correm o risco de ficarem presos às suas bagagens. Se tornam limitadas quanto ao aproveitamento de correr pra admirar ou andar pelo aeroporto. Ficam pesadas, mal humoradas, cansadas.
A simplicidade está extremamente ligada a uma leveza nas relações humanas. Uma pessoa simples leva tudo de forma mais doce. Cultivam a forma mais leve de se manter em um ambiente. Não fazem escândalos, brigas desnecessárias, não promovem discussões sem motivo. Enxergam o que lhes faz bem e o que não faz, simplesmente deixam de lado. Não é feitil de uma pessoa simples concorrer, manipular, se desgastar com pouca coisa. Como as flores. Vivem tudo a seu tempo. Prendem o olhar e se interessam por aquilo que realmente vale a pena.
Pessoas simples são as que se encantam com pequenos presentes. Ainda que esses não tenham um valor material grandioso. Sabem dar valor às coisas mais pequenas. A simplicidade as capacitam em reconhecer que nem tudo precisa ter utilidade para ser agradável. Por isso é fácil presentear os simples.
Já os complexos, nunca sabemos como agradar. O que será de bom ao seu olhar. São pessoas difíceis de se compreender. Nunca sabemos o que ela gostaria de receber.
Só na simplicidade é que conhecemos alguém de verdade. São pessoas que falam praticamente com a alma. Nos passam calma. Quando as máscaras das pessoas complexas caem pelo chão e seus personagens são abandonados, é que podemos saber a sua real essência.
Não gostaria nunca de perder esse ponto de vista. A cada dia que acordo tento ser mais simples. Não quero permitir que os planos que almejo pro futuro, desejos e sonhos me tirem sutilmente toda a leveza de uma alma simples no agora. Eles são importantes desde que não tirem a minha essência interior.
Ser simples em todas as formas. Na hora de perder. Na hora de ganhar. Ser como uma vida na natureza que até mesmo na morte são simples. Quando é chegada a hora, se entregam ao último suspiro e se vão.
Quanto mais eu simplificar a minha vida, sinto que posso ser ainda mais feliz.

domingo, 29 de novembro de 2009

Tudo ficará bem

Um bom e velho final de semana
Uma garota sonhadora
Um coração que não descansa
Uma palavra prometida
A saudade que se encosta na esperança
Coração quebrado
Um salto pra dentro do carro
Velocidade na estrada
Sorriso reprimido
E, música alta
Na mão se ajeita a máquina fotográfica
De pé ao longe, num morro
Olhar engatilhado
Sinto a adrenalina na espinha
A ansiedade ao lado
O sonho perdido
Amor desconsolado
Um mundo invisível
As estrelas brilham como diamantes
Sozinha fico ao lado do telefone
Pra quem sabe ele me fazer sentir viva
Saber que ainda há alguém aqui
Quando souber o que se passa em minha mente
Apague o sol e estenda um céu estrelado
Não quero calor
Só quero um abraço
Quero descer até o oceano
sentir ao ar livre apenas a água e areia
sentir o silêncio cada vez mais mudo
apenas deslizando na batida do coração que acelera
Olho pra trás e não vejo ninguém
Bem baixinho, um anjo sussura o meu nome
"Ei, tudo ficará bem".

Música e personalidade

Vocês vão me achar uma louca. Mas achei tão engraçado e ao mesmo tempo tão verdade o que foi pensado nesse final de semana, que resolvi escrever aqui.
Estava eu ouvindo a música Creep - Radiohead, quando meu pai me perguntou porque eu gostava dessa música, o que eu via nela e nas outras no mesmo estilo. Aí eu falei: Eita! Uai, porque eu gosto do ritmo, letra, tudo, oras. Normal. Pergunta sem noção (pensei) hahaha...
Aí ele veio com outra: O que você vê nesse ritmo?
Pensei - O que é que ele tah querendo?
Respondi: Ai pai, que perguntinha, hein. To aqui tratando minhas fotos, ouvindo uma musiquinha e você me vem com essas perguntas? hahaha... Eu gosto desse tipo de música, sei lá, porque ela começa bem levezinha, de mancinho e depois ela "cresce" em termos de som. O ritmo aumenta. Um som progressivo, digamos assim. Me faz bem.

Veja bem. Pleno sábado e eu fazendo análise de música com meu pai, hahaha... Por isso que sou assim. Doida.

Eis que veio a filosofia dele. É então, por isso que perguntei. Você pode ser comparada com esse tipo de música. Desde pequena. Sempre começa tudo da forma mais "leve", devagar e depois, vixi maria, desembesta... hahaha...
Nós dois caímos na risada, aí ele me deixou pensando... E não é que é verdade mesmo?

Até pra falar. Sou tímida pra caramba. No começo falo sempre pouquinho, meio "com medo", mas depois que eu pego confiança, me aguentem, viro um papagaio ambulante. Falo mais que o burro do Sherek, hahaha...

Nesse sentido me veio também a lembrança de quando comecei a pintar. No começo a D. Carmem dizia: Solta essa mão, você está com medo. Tem que relaxar. Depois... hahaha... Ela falava: Nossa! Não sabia que ia dar tão certo. Você tinha muito bom gosto, mas não achava que iria pegar tanto o jeito da coisa. Ficou com a mão tão leve que os pincéis deslizam de uma forma até gostosa de se olhar.

E não para por aí minha análise pessoal a partir da música (louca louca), haha...
Quando chego numa festa, pra pegar uma amizade, no trabalho, em completamente TUDO em relação a minha vida, eu sou assim... como uma música progressiva. Começo devagarzinho e depois tudo vai se intensificando. Impressionante. Pelo menos na minha visão isso é pra melhor, né? hahaha...

Aí você pode me falar: Ah! Mas qualquer pessoa é assim. No começo é tímida, quieta, depois se solta. Mas não. Tem pessoas que já chegam chegando. Vão falando de tudo. Sabendo de tudo. Falante. Empolgadas. Cheio de gás. Eu já sou ao contrário. Vou me desenrolando com o passar do tempo. Vai aos poquinhos. Acho que sou muito desconfiada. Não me abro pras pessoas logo de cara. Preciso pegar confiança.

Acho que começar aos poucos, de forma "leve" é como se causasse uma adrenalina em mim. Como se estivesse subindo bem devagar a subida de uma mantanha russa e depois ela desce à tona. Adrenalina pura. Delícia!

Deve ser por isso que também na dança, gosto tanto de tango. Você vai fazendo passos bonitos, leves, curtos e de repente surge aquela pegada. Aquela volta. Aquela jogada. Depois volta ao ritmo mais leve e vem o mais forte e por aí vai. Eu me delicio. Pra mim não há coisa melhor.

Meu pai estava cheio de razão. Eu gosto de ir aos poucos, pra pegar o jeito e quem sabe até mesmo surpreender. Como uma música progressiva. Começa tão calminha e no meio vem aquele ritmo que acelera o coração. Talvez seja isso que não deixa a vida tão monótona, "tocada numa nota só", mas com uma adrenalina, suspense e surpresa gostosa do que vem em seguida. Nos deixa ainda mais vivos!
Só tem um problema. Tem que ter paciência... hahaha... Vamos ouvindo a parte calminha, meio até que falando, até chegar no ritmo que nos envolve mais intensamente.

Outras músicas +/- no mesmo estilo, que eu gosto tb...

Creep - Radiohead
Take Me Away - Lifehouse (linda)
Everything - Lifehouse (linda)
With Arms Wide Open - Creed (adoro)
Human - The Killers

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Blind - Lifehouse (Linda)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O olhar

O olhar pode ser forte, penetrante ou fugitivo
Que aquece o peito, nos inflama e satisfaz
Delírio d'alma que arrebata o corpo e mente
De prender e nos fazer sonhar ele é capaz

O olhar pode ser leve, inocente, maternal
Um arco-íris em matizes de ternura
Um porto seguro, nossa resposta fatal
Âncora da sensibilidade. Alma pura

Rola um olhar numa ação devastadora
Ou pode ser sem querer, num simples momento
Se não retribuído o olhar nos deixa inquietos
Mas se hipnotizados um ao outro, desperta sentimentos

Porém nem sempre o olhar é de amor
Pode ser de ódio, piedade ou de paixão
Se olhado bem ao fundo, não pode nos confundir
Nos instigantes meandros da sedução

O mistério quase sempre está num olhar
amor ou ódio no mesmo rol das emoções
O enigmático é uma vida enlaçar
Lançando um olhar de amor e paixão sem restrições

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lindo

http://www.youtube.com/watch?v=LbShUUv1MSA

Incerteza

Lá vai o trem sem destino
sem saber onde parar
Lá vai o trem com o menino
o levando a uma nova vida começar
Vai vagando por um caminho
em que seus olhos jamais viram passar
Lá vai o trem num sentido
despertando sentimentos devagar
com seu barulho intenso e abrindo
horizontes e desejos a sonhar
Lá vai o trem seu curso seguindo
maria fumaça a gritar
saindo e parando entre os trilhos
pra pessoas saírem e entrar
Lá vai o trem meu amigo
vagando sem se quer pensar
quem passou, quem entrou, quem ficou
apenas seguindo seu fluxo a caminhar
Lá vai o trem como a minha vida
num caminho em que não sei onde vai dar

Paixão e Amor

A paixão, a distância apaga. O amor, a distância acende.
A paixão passa, enquanto o amor continua.
Na paixão você ri. No amor você também ri,
sorri e, às vezes, chora.

A paixão tem limites. O amor tem obstáculos.
Na paixão você se dá. No amor, você se entrega.
A paixão é superfície. O amor é correnteza.
A paixão te leva. O amor te arrasta.

A paixão ferve. O amor transborda.
A paixão você conta a todos. O amor
você revela ao amigo.
Na paixão você curte o momento. No
amor, você vive intensamente.
Na paixão você grita. No amor você sussurra.
Na paixão tudo existe. No amor, tudo se constrói.

A paixão exige. O amor pede.
A paixão é incêndio. O amor é chama eterna.
Na paixão tudo são momentos. No amor, tudo é vida.

Num relacionamento a paixão é a que começa. O amor o que continua.

(desconheço o autor)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Maybe Tomorrow

I've been down and I'm wondering why
These little black clouds keep walking around with me, with me
Waste time and I'd rather be high
Think I'll walk me outside and buy a rainbow smile but be free, be all free
So maybe tomorrow I'll find my way home

I look around at a beautiful life
I been the upper side of down; been the inside of out but we breathe, we breathe

I wanna breeze and an open mind
I wanna swim in the ocean, wanna take my time for me, all me

So maybe tomorrow I'll find my way home...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Voar

Se eu pudesse, gostaria de voar voar e voar pra bem longe. Até chegar num limite em que eu não sentisse mais meu corpo, que não visse mais o chão e tudo o que eu tivesse na minha frente seria apenas a imensidão límpida e única, não me guiando por caminho nenhum, não me aprisionando em sentido algum, apenas me permitindo ser livre, no alto, bem alto, longe de tudo e perto do nada, sentindo o vento forte a ventar sobre o meu rosto, coisa rara.

(sem título)

Acontece que sem querer algo vem chegando de mansinho e sem pedir licença se aproxima e se instala dentro de nós. Ao ouvir uma música, ao acordar de um sonho, ao batermos de frente com alguma lembrança, ao fecharmos os olhos e simplesmente ver o que tanto esperamos...
Se eu pudesse controlar essa coisa que vem e sem querer me deixa assim, sentada num lugar quieto e sozinha, eu pediria que ela fosse embora. Que me deixasse sorrir, cantar e dançar de novo.
Mas não dá. Quando isso que inexplicavelmente se aprofunda a medida que os dias passam, dentro de nós, fica praticamente impossível de lutar contra.
São sentimentos que os lábios não explicam e as palavras não conseguem traduzir.
Dá um nó no peito, um aperto apenas descrito como inenarrável. Difícil de ser entendido, impossível de ser decifrado.

(hoje eu acordei assim, triste... escrevi)

The love

Ainda que minha sensibilidade seja tamanha a ponto de ajudar sem pedir nada em troca às pessoas necessitadas; Sem amor de nada adiantaria.
Ainda que eu conhecesse todos os sinais, todas as línguas, todos os gestos, toda teoria, toda ciência, todo o mistério que revele a verdade, tenha uma fé que mova montanhas, tenha asas, sabedoria que se compare aos anjos; Sem amor de nada valeria.
Ainda que eu olhasse da maneira mais doce, tocasse de forma leve, sorrisse espontânamente e agisse corretamente; Sem amor, nada disso eu aproveitaria.
Ainda que o orgulho cesse e a simplicidade reine; Sem amor, nada disso importará.

Nada valeria a pena nesse mundo sem amor.

"O amor é paciente, é benigno,
não arde em ciúmes,
não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente,
não procura seus interesses,
não se exaspera,
não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Quando cada atitude, seja em qualquer área das nossas vidas é feita com amor, o coração se enche, transborda de alegria, sabe que fez a coisa certa e tem certeza de que valeu a pena.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Parte de mim que não consigo deixar

Mais uma tarde, mais uma noite chegando
e, tudo o que eu preciso é de um novo dia
pra começar uma nova história
ou, continuar a que eu vivia
Estou entre prédios e barulhos
mas ainda mantenho dentro de mim
o cheiro da mata verde e o canto dos pássaros
Estou entre comidas prontas e rápidas
mas ainda sinto o cheiro do feijão com arroz da minha casa
Já não ouço mais algumas músicas que falam minha língua
e mesmo assim ainda sinto a melodia da música caipira
Vivo onde o amor é algo prático
Mas ainda exalo de dentro de mim o amor romântico
Vivo a fantasia e sedução num romance
Mas ainda permeio dentro de mim a doçura e pureza mais vibrante
Penso num amor forte, intenso e livre
Mas também sinto o amor frágil, doce e delicado
Ando pelas ruas fechada dentro de um carro
Mas minhas pernas ainda possuem rastros de quando caminhava a pé
Meus olhos agora enxergam tudo muito sem precisão
Mas bem dentro deles estão estampadas cenas que marcaram meu coração
Hoje quase já não vejo mais a chuva em sua extensão caindo do céu
E mesmo assim, ainda sinto toda a fragrância dela lavando a estrada de terra
Muitas vezes não consigo enxergar o sol
E ainda continuo com a imagem dele iluminando as tardes de uma casa simples no interior
Ouço as palavras bem faladas com todas as letras
e sinto saudade do "r" puxado do meu avô
Caminho em mercados exuberantes
Mas dentro de mim, caminho apenas por uma vendinha
Cumprimento as pessoas no elevador
E sinto falta das coisas simples, do bom dia dado com amor
Me olho no espelho e me vejo uma mulher
Mas dentro, a menina "sapeca" não consigo deixar morrer
Ouço hoje várias buzinas irritantes
Mas dentre elas ouço aquela que me chamava todas as tardes (o sorveteiro com geladinhos)
Fico deslumbrada com a variedades e roupas e sapatos
Mas ainda me lembro do vestidinho que guardava com todo cuidado no armário
Ao meu lado rodeiam cachorros de raça e deslumbrantes
E me lembro sempre do viralatinha que me defendia de todos os perigos
Estou vivendo a transição do interior pra cidade grande
Embora já faça um bom tempo
Posso então dizer que sou uma "moderninha" por fora,
e por dentro ainda carrego a "menina do interior" como coadjunvante.
É uma parte de mim que não consigo deixar
Às vezes ela insiste em ir
Outras ela me lembra de quer ficar
Insiste em me falar das coisas simples
pra que outras coisas não me ceguem me impedindo de Amar
Preciso dela aqui sempre
Quando conheço outros lugares
Quando começo a vivenciar um outro futuro
É ela quem me faz lembrar
De tudo o que eu passei pra estar aqui vivendo este mundo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Shall We Dance?

Depois de uma dança dessa...

http://www.youtube.com/watch?v=bibtqDxXv1o&feature=related

Al Pacino - Scent of a Woman

Cena linda!

http://www.youtube.com/watch?v=dBHhSVJ_S6A&feature=related

En Tus Brazos

Animação francesa - Dança Tango.

http://www.youtube.com/watch?v=3PU5Tsx36E0&feature=player_embedded#

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pra pensar


Sem nada pra fazer, domingo, fiquei zapeando pela TV. Não estava afim de ver filme, nem de ler, afim de nada. Foi quando vi a chamada no Fantástico sobre o problema do aquecimento global.
Pra falar a verdade eu nunca parei pra me preocupar, de fato, com esse tema. Mesmo tendo ouvido e falado muito sobre o assunto. Nunca parei pra pensar e imaginar realmente no que isso pode acarretar nas nossas vidas.
Não sou nenhuma entendida completamente sobre esses assuntos de emissão de gás carbônico, acordo entre países para amenizar a emissão de tais gases, ou qualquer outro fator relativo que agrega deficiências ao meio ambiente que como resposta nos trás simplesmente a destruição da “nossa casa”, então não posso aprofundar de forma formal e sucinta sobre o tema. Contudo, mesmo não sabendo as ramificações e detalhes desse quadro em que estamos vivenciando, eu, você e qualquer um, consegue e podem ter uma percepção e visão de tudo o que está acontecendo. Ou seja, não podemos nos eximir de qualquer culpa. Afinal, se há alguma conseqüência é porque houve alguma ação, direta ou indiretamente. Mas infelizmente houve e ainda há.
Diante disso, o que mais me chocou diante dos relatos feitos no “documentário”, foram as cenas que, embora fossem esteticamente lindas, a situação de uma mãe ursa polar com seu filhote ao lado presos num pequeno bloco de gelo, flutuando numa imensidão de água, jogados a própria sorte, sem dúvida foi o que me marcou profundamente. Deu aquela sensação de tristeza. A mesma de quando você tem algo importante na vida e perde, ou, sabe que está perdendo. Um frio na alma, sabe?! E me veio a pergunta que de tão repetitiva virou até clichê: O que está havendo com o mundo?
Não sou daquelas pessimistas em que olha situações chatas e tristes e vê tudo pior ainda. Mas confesso que olhando a vida desses animais sendo destruídas tudo pela nossa culpa, pela ganância, ambição, arrogância do ser humano, me deixou sem chão. De fato, quando o dinheiro e coisas materiais passam a tomar a frente do amor, não podemos mais esperar nada de bom acontecer. Presenciamos um cenário que sabe-se Deus como e quando poderá ser mudado.
É óbvio que uma mudança tão delicada nunca poderá ser feita de um dia pro outro. Mas o quanto antes tudo for possível ser realizado para um resultado positivo em prol do nosso futuro e principalmente para socorrer vidas que nunca fizeram nada pra viver o que estamos vendo, se faz mais do que necessário. É realmente uma questão de emergência. Que os políticos realmente tomem seus devidos lugares e tomem uma posição consciente de pagar a dívida gigante que estamos com a natureza. Se não a maior dívida de todas.
Às vezes sempre ouvimos a clássica frase de que não devemos nos preocupar com o futuro. Mas esse é um exemplo mais do que real, que atitudes feitas no hoje, pode sim envolver sua vida no amanhã. Se você não se preocupa ou não tem pelo menos um pingo de consciência das ações que você toma hoje, pode acontecer o que está acontecendo com o planeta. Ter que acionar o botão de alerta, estiar a bandeira de emergência e correr contra o tempo para corrigir tudo o que foi feito de errado.
Poupe preocupações e medos desnecessários no futuro. Viva o hoje sim, não a ferro e fogo, mas pensando nem que seja um pouquinho no que algumas das nossas ações podem acarretar amanhã.
Se tivéssemos pensado antes, talvez hoje eu não teria assistido esse “documentário” e não estaria motivada a escrever esse texto.
Mas enfim, agora já que o leite foi derramado, não adianta sentarmos, chorarmos ou assistirmos tudo de camarote. “Bora” correr atrás e solucionar da melhor maneira possível e no máximo tentar fazer com que essas cenas não se repitam, ou se tornem um fato rotineiro.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009



Ontem a lua estava tão linda, que não consegui dormir cedo. Fiquei horas sentada na sacada admirando...