sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Anda tudo muito corrido ultimamente. Tudo tem data, prazo... Me pego presa a um limitadíssimo espaço de tempo. Tempo esse que não me deixa nem ao menos pensar.
É incrível como aos poucos vamos nos envolvendo com essa correria, e quando vamos ver, já foi, não tem mais jeito de sair. É trânsito, é falatório, é pressão, é casa, rua, trabalho, faculdade... Às vezes eu gosto, outras não. Se alguém parar pra me perguntar sobre isso, eu responderia que gostaria de parar. Parar mesmo sabe? Levantar vôo e ir pra um lugar bem longe, no devagar, no escondido, sem internet, sem telefone, sem luzes, sem nada, e apenas escutar o silêncio. Daqueles: Ei, tem alguém aí? E nada responde. Sem pensar no que poderia ter sido, no que poderá ser. Nas palavras que não foram ditas, outras que gostaria de dizer. Ficar lá presa ou solta, mas, quietinha, sem saber o que acontece lá fora. Apenas pra poder me recompor. Voltar aos meus pensamentos mais tranqüilos como os que eu tinha quando era criança. Sem preocupação. Sem medo. Sem anseio. Nesse lugar onde os nomes não são tão difíceis – JPEG, TIFF, PDF, HTML, PPT, DOC... Onde as cores são mais simples e não – CMYK, RGB. Onde eu conseguiria observar o céu azul, andar descalço e respirar. E as noites? Ah! Essas sim, seriam mais compridas, mais profundas, mais sentidas... Que pra mim são as melhores, como as noites de verão. Como a obra: Sonho de uma noite de verão. Pra mim a vida tinha que ter assim... Meio mágica, meio romântica, meio divertida, comprida como as noites de verão.
Mas preciso voltar a realidade, já é tarde, meu telefone está tocando e eu preciso correr pra buscar a minha mãe.

Um comentário:

Tiago disse...

Orra!
Não sabia que vc escrevia. Tem uma leveza nas palavras que vou te contar.
Tah de parabéns. Sucesso!