quarta-feira, 27 de maio de 2009

E você? Tem sido um bom líder?

Se tem uma coisa que eu adoro fazer, é retirar de acontecimentos, conversas, passeios, filmes, viagens, sempre algo bom que eu possa acrescentar em minha vida. Terça-feira, após assistir o filme – Um ato de liberdade, em ótima companhia, diga-se de passagem, fiz isso. Aliás, uma ótima pedida a quem deseja ir ao cinema por esses dias. O filme é fantástico. Além de toda a produção, forma de como é composto, trilhas, ótimos atores, a história é realmente para se refletir.
Não vou contar o filme aqui, claro. Mas a sinopse é interessante para que meu pensamento se direcione de uma forma mais clara.
O filme conta, baseado em uma história real, a época em que os judeus estavam sendo exterminados aos milhares pelos alemães durante a II Guerra Mundial. E por um ato de vingança, honra e salvação, história clássica sobre família, três irmãos se unem e se refugiam em uma floresta conhecida por eles, dando início a uma luta intensa pela sobrevivência contra os nazistas. Entre uns e outros acontecimentos que você poderá acompanhar no filme, “nasce” um líder. Daí, minha reflexão. Sobre como ele enfrentou toda sua trajetória em tempos tão difíceis.
Claro que no filme, o líder é estereotipado como o que comanda uma grande comunidade, que passam a admirá-lo por toda sua força e segurança que lhes é passado e então o seguem. Contudo, nos dias como os de hoje, podemos trazer esse líder para dentro de cada um de nós. E para isso não é necessário que movamos um determinado número de seguidores, que tenhamos um empreendimento, ou que sejamos o posto - mor dentro de uma empresa. Basta nos olharmos diante de um espelho, e está ali.
E aí a pergunta: Você tem sido um bom líder?
Opa! Como assim?
Vivemos em tempos de guerra, como no filme. Mas essa guerra atual tem se manifestado só um pouquinho diferente, ou seja, dentro do campo de trabalho, na faculdade, em relacionamentos, posição social, e entre tantos outros pontos da sociedade, o que é um absurdo. Mas é real. E a cada dia essa guerra que nos consome freneticamente, cresce de uma forma desenfreada. E, se não mexermos nossas armas, se não tivermos objetivos, criarmos metas e estratégias para que estes sejam alcançados, somos completamente engolidos pelos “leões enormes” que rugem atrás de nós. Somos pegos frente a uma extensão gigantesca em que a atualidade deve ser mantida, nossa mente deve ser ágil e nosso psicológico deve ser mecânico. Sentimentos? Não. Isso é deixado em último plano, porque não se torna, na maioria das vezes, o mais importante. Afinal, estamos num campo de batalha. O que é um grande erro.
E o que fazer então? Diante dessa guerra entre o “eu” e o “mundo” que nos cerca e nos encurrala de diversas formas?
Apenas ser um bom líder. Pra si mesmo. Pra sua vida.
Um bom começo é você se reconhecer como tal. Você é o líder da sua vida. E precisa enfrentar algumas batalhas que estão dispostas a você o tempo todo. Problemas que surgem em última hora. Trabalhos a serem entregues. Pessoas que querem nos “puxar o tapete”, querem nos tirar de um cargo, a luta contra alguém que queira tirar um amor da sua vida, problemas financeiros, problemas de saúde, entre tantas outras batalhas que em muitas vezes nos pegam de surpresa e nos deixam cansados, abalados, sem ânimo pra continuar seguindo. É exatamente como num campo de guerra. Você recebe uma bomba e se machuca. Então cai, e até pensa em não se levantar.
Contudo, você como um líder, deve olhar adiante. O líder estereotipado no filme olhava pra toda aquela gente, que tinham seus sonhos e queriam viver, e então ele lutava e assumia com afinco seu cargo confidenciado. Parecia ter fraquejado, mas logo se recompunha e eliminava o que estava errado.
Assim devemos fazer também. No nosso caso, as pessoas, são os nossos sonhos. Quando nos deparamos com “bombas” que querem nos derrubar, seja isso através de um problema sério que surge no dia a dia, seja algo superficial, mas que mesmo assim nos abalam, devemos sempre olhar para os nossos sonhos. Queremos ou não realmente continuar com nossos propósitos? Salvá-los ou não da “morte”?
É daí que surgem as forças. Quantas vezes você já não se pegou chegando em casa bombardeado, triste, descontente, caído, sem ânimo pra seguir adiante, com medo de tudo, desenganado do mundo? Pare, olhe pro espelho e pergunte-se: Tenho sido um bom líder pra mim mesmo?
O líder do filme passou por vários “maus bocados”. Entre a perda de seu auxílio, pessoas o olhando com maus olhos, desenganando-o de seu “cargo”, tiroteios, que, a quem olhasse, não restaria uma alma viva. Até chegar num ponto em que atirar em si mesmo para não ser morto seria a melhor saída. Perda da fé.
E quem disse que agimos diferente? Às vezes nossa situação é tão caótica, é tão bruscamente ameaçadora, estressante, sob uma pressão tão grande, que queremos “explodir”. Falar: Pronto. Chega! Não tem mais jeito. Cheguei no meu limite. Não agüento mais. Não tenho mais perspectiva alguma.
E é aí que nos enganamos. Podemos sim sair de um emaranhado imenso que prende nossas pernas, e voar ainda mais alto. É aí que a vitória é ainda maior. Aliás, sempre costumo dizer. Quanto maior a batalha, mais gratificante é a vitória. Além disso, você pode perceber que dentre toda essa turbulência sempre surge um alguém que lhe estende a mão. Ganha-se nesse momento alguém especial. Um aliado. Um amigo. Um amor. Alguém com quem você pode contar.
É no meio de uma poeira gigante que sempre encontramos o brilho de alguma pedra preciosa que esteve escondida. A pessoa que lhe dá alguma direção. Que resgata toda sua fé. Que ilumina e te ajuda exatamente quando você achava que não tinha mais jeito. São nos momentos de luta que reconhecemos quem realmente vale a pena.
Observando aquele líder no filme, ora sendo imponente, forte. Ora fraquejando, quase desistindo, pude perceber que podemos agir e agimos da mesma forma. Contudo, cabe a cada um saber administrar esse líder que existe dentro de nós mesmos. Saber a hora certa de atacar, de recuar, de reconhecer. Ou seja, o momento certo de saber expor suas idéias. De falar. De ficar calado. De saber quem realmente está do seu lado.
Pedras no caminho? Serão várias.
Obstáculos gigantescos? Inúmeros.
Caminhos tortuosos? Indubitavelmente.
Contudo, você como um bom líder, saberá que dentre tudo isso, coisas melhores estão por vir. Se, manter-se firme ao que realmente almeja, a vitória é certeira. E não há nada mais gratificante do que olhar pra trás e ver que depois de toda aquela loucura, você está ali, firme, de pé e ainda mais forte pra uma próxima batalha.
Seja ela, superando adversidades. Combatendo inimizades. Derrubando máscaras que te afetavam. Pessoas que de forma tão diferente de você pensavam e que por isso, quase te abalaram. O risco da perda de um emprego. A exaustão de um dia a dia lotado. Tudo isso frente a um ótimo líder, será aniquilado.
Os dias estão aí. Os obstáculos não param. Saiba como administrá-los. E uma coisa importante. Não perca seus sonhos e seus maiores sentimentos. Não permita que um campo de batalha te impeça de ser feliz. Afinal, não há regozijo algum em lutar por lutar.
No filme, aquele líder fez a sua parte. Percorreu sua trajetória como pode. Obteve o sucesso que almejava? Não sei. Assista ao filme. Rsrs...
Mas,
E você? Tem sido um bom líder?
Tem fraquejado? Ou, tem persistido?
Pense um pouquinho.

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