domingo, 18 de julho de 2010
Passarim
Ai quem me dera eu pudesse ser poeta
Escrever palavras e além de versos
Escrever também belas canções
Ai quem me dera todas as palavras
Em um papel branco registradas
Pudesse tocar os corações
Ai quem me dera um sorriso meu
Se expressasse nos olhos teus
E eu pudesse não me sentir mais tão sozinha
Ai quem me dera olhar pro céu
Procurando rimas pro poema meu
E me encontrasse junto a ti meu passarim
E depois de tanto tentar
Enxugar as lágrimas pra não mais chorar
Escreverei, escreverei junto a ti no nosso "nim"
Juliana Sabbatini
terça-feira, 13 de julho de 2010
Casinha.
Naquela casinha longe é onde eu gostaria de estar
Fica distante da estrada
Não tem gentarada e ninguém pra incomodar
A paisagem é uma beleza eu tenho certeza, qualquer um ia gostar
Colocaria uma varanda na frente
Uma grande rede pra poder descansar
Um cantinho bem pequeno
Todo arrumadinho pra eu poder pintar
Com uma bela capela ao lado da janela pra poder rezar
Ah que coisa linda se um dia eu pudesse estar lá
Na casinha longe da estrada
É onde eu queria estar
Ah que bom que seria
Se um grande amor um dia
Pudesse chegar lá
Então eu prepararia um almoço no dia
Com comida especial para o agradar
Passeando pelo meu quintal
Sem graça eu iria ficar
Olhando para aquelas rosas
E meu amado em frente a me observar
Sem pedir brotaria um beijo
E nasceria o desejo de a noitinha
Devagarinho nos amar
E quando amanhecesse o dia
Preparar comida, um café com pão
Ouvindo o som dos passarinhos
Nós dois ali juntinhos naquela imensidão
Ele com lençol deitado na cama
E eu o abraçando com vestido de algodão
Juliana Sabbatini
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Moreninha.
Moreninha bonitinha do cabelo comprido
Sentada frente a janela com o olhar todo perdido
Quieta a imaginar talvez o seu destino
Ou, sonhando sem querer com o que há atrás do edifício
Moreninha bonitinha, quantos já te viram sorrindo
Com o olhar reluzente despertando sempre elogios
Hoje mulher feita nas palavras busca abrigo
Despertando o interesse de saber que tem contigo
Moreninha bonitinha do cabelo comprido
De tranças, mãos delicadas e um simples vestido
A sós sempre te vejo sentada frente a janela
Um dia a sorte aparece e te leva pra voar alto com ela.
Juliana Sabbatini
Quero viver um grande amor.
Não sou de baladas, músicas eletrônicas e bebidas
Não tenho inúmeros amigos e nem chego em casa nos finais de semana durante o dia
Não cultivo gargalhadas por piadas de coisas sem sentido
Não sou dessa era moderna
Desse tempo insano de não sermos queridos
Desse desgastante tempo de não poder, de fato, um grande amor ter vivido
O meu nome é calmaria, é poesia, é ler bons livros
Meu nome é arte, é cumplicidade, é vontade de viver um grande amor um dia
E viver um grande amor pra mim, não é papel, não é aliança material
Viver um grande amor pra mim é compartilhar dele de igual pra igual
É poder expressar o que sinto e sentir que é recíproco
Não quero pensar nessas regras da sociedade
Não quero viver um amor por vaidade
E a todos poder mostrar
Não penso na minha casa e nem se quer em ter filhos
Isso vem com o tempo, se por acaso o tempo quiser nos preparar
Eu quero viver um grande amor
Apenas isso
Daqueles de deitar na grama
De fazer amor sem medo, sem receio com alguém que também me ama
Quero provocar-lhe suspiros verdadeiros
Não só com palavras, mas com um amor sorrateiro
Manso, carinhoso, amigo
Quero ter alguém pra poder dizer como foi meu dia
Um amor pra poder dedicar-lhe minhas poesias
Pra poder não voltar pra casa num chato dia
Quero viver um grande amor
De forma simples e suave
Quero expressar-lhe minhas vontades
E satisfazer qualquer uma dele
Quero sair pra conhecer lugares
Marcar meu nome na árvore
Pra ficar registrado que passamos por ali
Quero viver um grande amor
Pra sair dessa chata rotina
Dessa triste vida
De não se ter alguém
Quero viver um grande amor
Para amar-lhe o seus mistérios
Suas brigas, seus momentos sérios
Quero viver um grande amor
Para poder por em prática tanta coisa bonita que tenho aqui dentro
Quero falar-lhe bem baixinho daquilo que sinto
Quero olhar-lhe de um jeito tímido
Compartilhar tantas e tantas brincadeiras
Quero viver um grande amor
Pra poder andar de mãos dadas
Sair pelas estradas, sem ter programado um destino
Quero viver um grande amor
Para dar-lhe carinho, enche-lo de mimos
E, poder ficar feliz com tudo isso
Quero viver um grande amor
Que possa ser como uma história
Da realidade, da verdade em tempos difíceis
Quero viver um grande amor
Pra sentir a fidelidade, a reciprocidade de sermos mais que amigos
Quero viver um grande amor
Para levantar de manhã e ter um motivo
De sair cantando e de achar que tudo é lindo
Quero viver um grande amor
Até que a morte nos venha visitar
E pra não sentirmos dor alguma
Que juntos ela possa nos levar
Juliana Sabbatini
Olhos meus.
Óh! Se alguém souber
O que dizem os olhos meus
Peço que me fale
Bem baixinho preso aos seus
Oh! O que dizem os olhos meus
Nem eu mesma sei
Quanto adeus, já cultivei
São as tristezas dessa vida
Me fizeram guardar cada partida
De ver o barco em alto mar
E logo depois pedindo socorro, naufragar
Oh! Se alguém souber
O que está lá dentro dos olhos meus
Que possa oferecer amparo junto aos seus
Peço que venha me contar
Profundezas de encontros marcados
De tempos cerrados em nunca mais voltar
Olhos de mulher triste
Mas que ainda insiste em querer amar
Juliana Sabbatini
domingo, 11 de julho de 2010
Semente.
Eis que pelos campos lançou a semente o semeador
Parte da semente lançada, consumiram as aves do céu
Junto do caminho caiu e fruto, portanto, não deu
Outra parte logo cresceu, mas raiz em si não formou
Entre pedregais foi cair, veio o sol e logo murchou
Outra, que caiu entre espinhos, sufocada, não pode crescer
Muito tempo não resistiu e veio, portanto, a morrer
Mas em boa terra caiu outra parte e frutificou
Os seus frutos deu, cem por um, para aquele que semeou
O Amor é a semente que em nós opera com poder
Somos a lavoura que almeja seus frutos poder colher
Juliana Sabbatini
Parte da semente lançada, consumiram as aves do céu
Junto do caminho caiu e fruto, portanto, não deu
Outra parte logo cresceu, mas raiz em si não formou
Entre pedregais foi cair, veio o sol e logo murchou
Outra, que caiu entre espinhos, sufocada, não pode crescer
Muito tempo não resistiu e veio, portanto, a morrer
Mas em boa terra caiu outra parte e frutificou
Os seus frutos deu, cem por um, para aquele que semeou
O Amor é a semente que em nós opera com poder
Somos a lavoura que almeja seus frutos poder colher
Juliana Sabbatini
sábado, 10 de julho de 2010
Anseio.
Tomara a vida me apresente
A um novo tempo de uma nova gente
Sentimentos puros pra poder falar
Tomara essas pessoas tenham vida
Me ensinem a viver sem rotina
A criatividade de poder ousar
Tomara eu me apresente frente aos passarinhos
Num lugar quentinho eu possa me aconchegar
Tomara eu veja o brilho terno dentro de cada olho
E assim eu possa confiar segura
E leve a vida suave como quem sabe cantar
Tomara a vida me dê o presente
De viver num mundo distante
Apenas para poder amar
Juliana Sabbatini
A um novo tempo de uma nova gente
Sentimentos puros pra poder falar
Tomara essas pessoas tenham vida
Me ensinem a viver sem rotina
A criatividade de poder ousar
Tomara eu me apresente frente aos passarinhos
Num lugar quentinho eu possa me aconchegar
Tomara eu veja o brilho terno dentro de cada olho
E assim eu possa confiar segura
E leve a vida suave como quem sabe cantar
Tomara a vida me dê o presente
De viver num mundo distante
Apenas para poder amar
Juliana Sabbatini
domingo, 4 de julho de 2010
Matriz da vida.
Me lembro como se fosse hoje, numa aula de redação, em que o dever era descrever sobre o desenho pregado na parede. E eu fiquei nervosa. Olhava pra um lado e as canetas rabiscando o papel. Olhava pra outro, a mesma história se repetindo. Todos escrevendo como se aquela figura trouxesse uma inspiração inesgotável a ponto de ninguém se perder entre as idéias. E eu ali. Parada. Sem saber o que por no papel. Olhava pra imagem. Olhava pra minha página em branco, enquanto as canetas alheias dançavam nas mãos dos meus amigos como que bailarinas em um espetáculo de ballet clássico.
A figura desenhada e pregada à frente, era simples e objetiva. Uma árvore sendo balançada pelo vento. Com seus galhos contorcidos e folhas caindo pelo chão. Apenas isso. E o que descrever sobre aquela cena? A situação ficou intacta e de repente pra quem tinha sede e criatividade pra escrever o que quer que fosse, ficou nula. Tudo branco. E o tempo passando. E o final chegando. E eu precisando tirar nota.
Até que eu olhei pela janela. Vi o vento debruçando-se por entre as cópolas das árvores. Num ritmo como que de dança. Numa cena quase que poética. Num momento que me fez ter lembranças. E então rabisquei naquele papel imenso em branco, uma única e simples frase: “Sobre o vento não sei descrever. Só sei sentir”.
Tudo o que eu sabia sobre o vento não se podia traduzir para o universo das palavras. Era uma sensação sem saber. Como se fosse impossível simplesmente rabiscar algumas palavras de uma forma tão exata.
Diante daquela página em branco, visitava minhas lembranças felizes, de todas as vezes que de maneira tão terna, meu pai fazia sentir-me livre, abrindo os braços e sentindo o vento. Das lembranças em que sentava a beira mar pra sentir aquela brisa fresca. Das lembranças de quando corria com meu cachorro pela grama. Quando sentava numa cadeira de balanço. Quando andava de bicicleta sem descanso. Quando tudo o que eu podia sentir, era o vento tocando o meu corpo.
Nunca mais pude me esquecer daquele dia. Aquela resposta se tornou inquietante dentro de mim. Me foi reveladora. Me fez pensar o quanto vez ou outra a descrição sobre o vento se desdobra em inúmeras realidades. Vez ou outra, me pego aflita como naquele dia em não saber como descrever o que sinto. Como vou falar do que sinto? Como encontrar palavras que sejam capazes de alçar vôo e alcançar a metafísica dos meus afetos? Como descrever tudo sem que eu menospreze alguns detalhes? Sem que eu me esqueça de outras partes? Sem que eu não fique me sentindo culpada por não tê-lo dito de forma coerente e completa?
O saber e o sentir são verbos preciosos, mas não realidades que sobrevivem à superfície.
E diante disso, pude perceber que o divino na vida é sentir o que não se pode falar. É poder saber o que está lá dentro, mas sem saber como explicar. E a cada dia que vivo, fico ainda mais ansiosa pra cultivar isso dentro de mim. Querer que a matriz da minha vida, seja tudo aquilo que não se pode descrever.
Juliana Sabbatini
A figura desenhada e pregada à frente, era simples e objetiva. Uma árvore sendo balançada pelo vento. Com seus galhos contorcidos e folhas caindo pelo chão. Apenas isso. E o que descrever sobre aquela cena? A situação ficou intacta e de repente pra quem tinha sede e criatividade pra escrever o que quer que fosse, ficou nula. Tudo branco. E o tempo passando. E o final chegando. E eu precisando tirar nota.
Até que eu olhei pela janela. Vi o vento debruçando-se por entre as cópolas das árvores. Num ritmo como que de dança. Numa cena quase que poética. Num momento que me fez ter lembranças. E então rabisquei naquele papel imenso em branco, uma única e simples frase: “Sobre o vento não sei descrever. Só sei sentir”.
Tudo o que eu sabia sobre o vento não se podia traduzir para o universo das palavras. Era uma sensação sem saber. Como se fosse impossível simplesmente rabiscar algumas palavras de uma forma tão exata.
Diante daquela página em branco, visitava minhas lembranças felizes, de todas as vezes que de maneira tão terna, meu pai fazia sentir-me livre, abrindo os braços e sentindo o vento. Das lembranças em que sentava a beira mar pra sentir aquela brisa fresca. Das lembranças de quando corria com meu cachorro pela grama. Quando sentava numa cadeira de balanço. Quando andava de bicicleta sem descanso. Quando tudo o que eu podia sentir, era o vento tocando o meu corpo.
Nunca mais pude me esquecer daquele dia. Aquela resposta se tornou inquietante dentro de mim. Me foi reveladora. Me fez pensar o quanto vez ou outra a descrição sobre o vento se desdobra em inúmeras realidades. Vez ou outra, me pego aflita como naquele dia em não saber como descrever o que sinto. Como vou falar do que sinto? Como encontrar palavras que sejam capazes de alçar vôo e alcançar a metafísica dos meus afetos? Como descrever tudo sem que eu menospreze alguns detalhes? Sem que eu me esqueça de outras partes? Sem que eu não fique me sentindo culpada por não tê-lo dito de forma coerente e completa?
O saber e o sentir são verbos preciosos, mas não realidades que sobrevivem à superfície.
E diante disso, pude perceber que o divino na vida é sentir o que não se pode falar. É poder saber o que está lá dentro, mas sem saber como explicar. E a cada dia que vivo, fico ainda mais ansiosa pra cultivar isso dentro de mim. Querer que a matriz da minha vida, seja tudo aquilo que não se pode descrever.
Juliana Sabbatini
sábado, 3 de julho de 2010
O tempo certo chega.
A vida exige da gente mais leveza. Leveza pra poder seguir de forma mais prazerosa e menos temida. Como numa viagem. Quando estamos na estrada e olhamos ao nosso redor uma paisagem limpa. Muito céu e pouco chão. E então podemos contemplar cada detalhe, cada momento de um tempo que fica marcado. São as aves no céu, o pôr-do-sol, o vento fresco batendo no rosto, o caminho que às vezes parece longo, a música tocando, e o destino cada vez mais próximo.
Costumo dizer que o melhor de uma viagem não é o seu destino e sim todo o seu percurso. É que sempre temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Você também deve ter. Contudo, tenho medo que essa pretensão seja demasiada. Que ela tome conta e me faça esquecer de viver o hoje.
É aí que nasce um peso desonesto sobre a gente. Pensamentos sobre ontem, hoje e futuro. Sendo que tudo, ou melhor, apenas devemos nos preocupar que tudo tem seu tempo certo de acontecer as coisas.
Uma cena que ilustra perfeitamente o que tento passar é a de um menino tentando soltar uma pipa pelo céu.
O menino foi ensinado. Sabe que a pipa foi feita para estar lá – voando. Ele foi ensinado assim. Já viu pessoas fazendo isso. Ele acredita que pode fazer o mesmo também. Sabe de todas as técnicas, pois já lhe falaram. Tem todo o equipamento em suas mãos e não resta mais nada a não ser praticar.
O menino se empenha. Faz tudo como tinha aprendido. Mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de fazer o seu papel. Não por falta de técnica. Não por falta de tentativa. Mas, quem sabe pelo momento. O simples momento em que não havia vento suficiente no céu. De certo não havia sustento.
Mas sem desistir do projeto o menino continua. Olha pro lado. Conversa com os colegas. Tenta. Corre. Pergunta. Faz o que lhe é possível e quando ele menos espera o milagre acontece.
Obedecendo o destino dos ventos, a pipa aos poucos vai se desprendendo. Vai subindo e a linha se soltando. E o que por algum momento estava preso no chão, aos poucos ganha a imensidão do céu.
Obedecendo o destino dos ventos, a pipa aos poucos vai se desprendendo. Vai subindo e a linha se soltando. E o que por algum momento estava preso no chão, aos poucos ganha a imensidão do céu.
O rosto do menino se desprende junto do momento em que a pipa ganha liberdade pelo céu. Nasce um sorriso. Nasce os olhos vivos e a alegria de ter conseguido. Tudo ao seu tempo, de forma natural e leve. Sem querer passado, sem querer futuro. Felicidade de apenas vivenciar o presente. A linha nas mãos e a pipa no céu.
Juliana Sabbatini
Como vemos.
Antes de escrever sobre alguns temas de fotografia, algumas dicas, livros, matérias e afins, achei interessante escrever um pouco de como essa arte está dentro da gente e como ela é minuciosa, particular e possui uma expressão extremamente íntima de cada olhar.
Fotografar em um ato consumado é você mirar a lente em um objeto, paisagem, pessoa e registrar. Pronto. Você já tem consigo um momento único. Uma expressão estática, paralisada daquilo que só você observou, que só você sentiu que deveria transformar aquele segundo, numa imagem que poderá ficar para sempre. É o seu momento. Seu olhar, sua sensibilidade que trouxe ao papel ou tela de um computador aquilo de mais sublime, que é a expressão do ser humano. A fotografia é a mais sublime forma de expressão do ser humano.
Mesmo quando estamos andando pelas ruas, parques, avenidas, supermercados, entre outros lugares, passamos o tempo todo fotografando. Não consumamos, porque não temos uma máquina em nossas mãos para registrar cada cena, mas as registramos na nossa mente.
Eu sempre falo a frase: “Ah, se meus olhos tirassem fotos!”. Meu sonho era que a tecnologia chegasse a tal ponto de poder clicar apenas com os olhos aquilo de mais interessante que eu olhar. Seria fantástico. Porque como eu disse, andamos pelas ruas sempre registrando e guardando na memória as cenas, objetos, expressões, que mais nos chamam a atenção.
Quem nunca esteve num parque e não pensou: Ah! Se eu tivesse com uma câmera. No trânsito quando nos deparamos com todo aquele prenúncio de stress, de falta de paciência, irritabilidade das pessoas. Nas ruas de São Paulo quando ficamos frente a frente com mendigos deitados no chão. Quando vemos algum animal bonito. Paisagem que marca. Ou até mesmo quando vemos uma criança linda, no colo da mãe ou do pai numa cena impossível de não agradar o observador. Não tem quem não ame fotografia. Ainda que existam pessoas que não gostem de ser fotografadas. Ainda assim todas, todas as pessoas não ignoram uma bela fotografia, cheia de valores, lembranças e sentimentos.
A fotografia faz parte da nossa história. Da nossa vida. E antes mesmo de saber sobre toda parte técnica, de toda parte teórica, já desenvolvemos naturalmente o nosso estilo e através dele mostramos como vemos o mundo.
Algumas pessoas veêm um mundo mais alegre, outras mais triste. Uns enxergam de forma mais colorida, outros de forma cinza. Uns se preocupam em querer registrar problemas sociais. Já outros, procuram registrar situações inusitadas e divertidas. O fato é que, ao fotografarmos inconsientemente estamos registrando nosso "eu".
Cada pessoa possui um estilo dentro de si. E por isso podemos dizer que fotografar é uma arte. Pois ela não se repete. Ainda que um grupo de pessoas sobre um mesmo objeto tente registrá-lo de forma idêntica, ao comparar uma fotografia com a outra, isso seria apenas impossível. No máximo poderiam chegar próximas. Porque cada pessoa vê de um jeito. Vê de um ângulo. E o mais importante – ela gosta do jeito que vê.
É interessante citar também, que cada pessoa traz consigo uma bagagem cultural e visual estética, que interferem no modo como cada pessoa enxergue uma determinada cena.
Isso se deve aos filmes que já assistiram, aos livros que já leram, até mesmo as músicas que já ouviram. Tudo isso contribui para a formação de cada pessoa ao optar por uma determinada estética e padrão de fotos. Além da personalidade de cada um influenciar e muito nessa arte.
Logo, sabendo que a produção de uma fotografia profissional ou amadora, traz consigo meandros da personalidade das pessoas, que nos revela as suas entrelinhas, sua sensibilidade, a forma de ver o mundo, da mesma forma que qualquer outra arte, fica registrado aqui uma nova forma de olhar fotos. A mesma forma que você tem de ouvir músicas. De olhar um quadro. Admirar um espetáculo.
Comece a observar toda e qualquer fotografia como uma história. Como uma pessoa. Como se fosse viva. E é. Observe cada detalhe. Admire cada gesto. Procure entrar na cena. Tente entender a mente do fotógrafo – isso é primordial.
Você não só vai se encantar pela imagem registrada, como também por quem a quis registrá-la. É a alma de uma pessoa discretamente fracionada em uma folha de papel, em uma tela de computador. É o sentimento. É a vontade. É o se encantar por aquilo, de forma particular de cada pessoa. É a forma como vemos.
Juliana Sabbatini
(Esse texto faz parte do meu blog de fotografia que ainda está em construção - aguardem!)
Fotografar em um ato consumado é você mirar a lente em um objeto, paisagem, pessoa e registrar. Pronto. Você já tem consigo um momento único. Uma expressão estática, paralisada daquilo que só você observou, que só você sentiu que deveria transformar aquele segundo, numa imagem que poderá ficar para sempre. É o seu momento. Seu olhar, sua sensibilidade que trouxe ao papel ou tela de um computador aquilo de mais sublime, que é a expressão do ser humano. A fotografia é a mais sublime forma de expressão do ser humano.
Mesmo quando estamos andando pelas ruas, parques, avenidas, supermercados, entre outros lugares, passamos o tempo todo fotografando. Não consumamos, porque não temos uma máquina em nossas mãos para registrar cada cena, mas as registramos na nossa mente.
Eu sempre falo a frase: “Ah, se meus olhos tirassem fotos!”. Meu sonho era que a tecnologia chegasse a tal ponto de poder clicar apenas com os olhos aquilo de mais interessante que eu olhar. Seria fantástico. Porque como eu disse, andamos pelas ruas sempre registrando e guardando na memória as cenas, objetos, expressões, que mais nos chamam a atenção.
Quem nunca esteve num parque e não pensou: Ah! Se eu tivesse com uma câmera. No trânsito quando nos deparamos com todo aquele prenúncio de stress, de falta de paciência, irritabilidade das pessoas. Nas ruas de São Paulo quando ficamos frente a frente com mendigos deitados no chão. Quando vemos algum animal bonito. Paisagem que marca. Ou até mesmo quando vemos uma criança linda, no colo da mãe ou do pai numa cena impossível de não agradar o observador. Não tem quem não ame fotografia. Ainda que existam pessoas que não gostem de ser fotografadas. Ainda assim todas, todas as pessoas não ignoram uma bela fotografia, cheia de valores, lembranças e sentimentos.
A fotografia faz parte da nossa história. Da nossa vida. E antes mesmo de saber sobre toda parte técnica, de toda parte teórica, já desenvolvemos naturalmente o nosso estilo e através dele mostramos como vemos o mundo.
Algumas pessoas veêm um mundo mais alegre, outras mais triste. Uns enxergam de forma mais colorida, outros de forma cinza. Uns se preocupam em querer registrar problemas sociais. Já outros, procuram registrar situações inusitadas e divertidas. O fato é que, ao fotografarmos inconsientemente estamos registrando nosso "eu".
Cada pessoa possui um estilo dentro de si. E por isso podemos dizer que fotografar é uma arte. Pois ela não se repete. Ainda que um grupo de pessoas sobre um mesmo objeto tente registrá-lo de forma idêntica, ao comparar uma fotografia com a outra, isso seria apenas impossível. No máximo poderiam chegar próximas. Porque cada pessoa vê de um jeito. Vê de um ângulo. E o mais importante – ela gosta do jeito que vê.
É interessante citar também, que cada pessoa traz consigo uma bagagem cultural e visual estética, que interferem no modo como cada pessoa enxergue uma determinada cena.
Isso se deve aos filmes que já assistiram, aos livros que já leram, até mesmo as músicas que já ouviram. Tudo isso contribui para a formação de cada pessoa ao optar por uma determinada estética e padrão de fotos. Além da personalidade de cada um influenciar e muito nessa arte.
Logo, sabendo que a produção de uma fotografia profissional ou amadora, traz consigo meandros da personalidade das pessoas, que nos revela as suas entrelinhas, sua sensibilidade, a forma de ver o mundo, da mesma forma que qualquer outra arte, fica registrado aqui uma nova forma de olhar fotos. A mesma forma que você tem de ouvir músicas. De olhar um quadro. Admirar um espetáculo.
Comece a observar toda e qualquer fotografia como uma história. Como uma pessoa. Como se fosse viva. E é. Observe cada detalhe. Admire cada gesto. Procure entrar na cena. Tente entender a mente do fotógrafo – isso é primordial.
Você não só vai se encantar pela imagem registrada, como também por quem a quis registrá-la. É a alma de uma pessoa discretamente fracionada em uma folha de papel, em uma tela de computador. É o sentimento. É a vontade. É o se encantar por aquilo, de forma particular de cada pessoa. É a forma como vemos.
Juliana Sabbatini
(Esse texto faz parte do meu blog de fotografia que ainda está em construção - aguardem!)
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