terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Eterna criança.


Num dia azul de verão ela sente o vento
Há folhas em seu coração
É o tempo
Ela recorda do passado se olhando
No espelho
Ela descobre aos poucos
Os sentimentos
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Ela ri, ela chora, ela sente que não poderá esquecer
Ela pede uma taça de vinho
Ela lê nas horas vagas um bom livro
E se cobre de água e espuma num banho sem ninguém
Ela prende seus cabelos longos
Intimida quem quer que seja que aparecer
Ela não quer se sentir presa
Ela só quer ser amada por alguém
Ela se troca se perfuma se embola
E segue sem rumo por uma estrada só pra ver
O que o dia lhe oferece sem os planos
A surpresa que vem dentro e a gente não vê
No fundo ela está sempre sozinha
Procurando o que ainda quer ter
Ser amante, quem sabe ser amiga
Ser companheira pra loucuras dessa vida
Poder sobreviver
E o tempo se vai com inveja tentando aprender
Como ela segue sua vida
Esperançosa aprendendo a viver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Ela ri, ela chora, ela sente
Que alguém que a some
Irá com toda certeza
Aparecer...

Juliana Sabbatini

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