segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sertão.

Acordei assim meio devagar
Sem nenhuma pressa
Porque já corri demais

Quis aproveitar meu dia
Sem nenhuma fobia
Sem olhar pra trás

Vi o sol aos poucos despertando
Com ele, os passarinhos ouvi cantando
Então quis mais e mais

Saí longe pelas “estrada”
Caminhando sozinha sem pensar em nada
Fui apenas ouvindo a água do ribeirão

O vento aqui é como uma brisa
Como toque suave
Toque que consegue chegar ao coração

São essas coisas que envolvem minha vida
Envolvem o meu dia
Aqui bem longe no sertão

As pessoas são tão humildes
O menino da porteira
O cachorrinho do senhor Julião

A comida é comida caipira
Arroz, carne, frango e muito, muito feijão

De tardezinha corro pra cazinha
Não faço cerimônia
Vou cantar na roda dos "peão"

Quero sentir de perto
Sem destino certo, esse aconchego
Que me vem do sertão

E quando chega a noitinha
Volto pra minha casinha
Pedindo a Deus paz, saúde e proteção.

Juliana Sabbatini

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