sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sem palavras

E então me veio uma ânsia tremenda de pegar o papel e caneta e depositar ali, só ali tudo o que eu estava sentindo. Mas naquela calada da noite fria e de garoa fina que estava lá fora resolvi reservar meus pensamentos para quem sabe aflorá-los em meus sonhos.
Tolice minha. Ao acordar pela manhã, corro atrás do meu papel e caneta, que durante tanto tempo foram os mais cúmplices amigos da minha vida. Porém, mesmo com eles postos em minhas mãos, ali parados olhando para mim, esperando que eu dissesse alguma coisa, mesmo que uma frase, mas nada. Nada me saía do coração, nem mesmo da cabeça. Algo me bloqueara, e eu não sabia explicar o que era.
Movida pelo desespero então resolvi ouvir algumas músicas. Mas mesmo assim, nada me saía. Apenas alguns versos de palavras bonitas, mas que de maneira alguma eu conseguia terminar.
O que parecia aquilo? Não conseguia passar o que eu realmente estava sentindo! Talvez essa ausência da escrita se devesse ao apego do medo de pensar muito. Talvez eu realmente não tivesse absolutamente nada a dizer e queria o fazer.
Não era nada demais. Mas queria simplesmente rabiscar o papel. Dizer coisas bonitas, saldar com alegria os leitores, contar-lhes alguma história, escrever alguma palavra amiga.
É! Pelo visto não era minha a hora de escrever. Talvez as palavras quiseram sair naquela calada da noite fria, e eu as calei. Talvez esse abafo, tenha as comprimido realmente para o mais ímpeto dos meus sentimentos. Naquelas gavetas profundas que todos temos dentro de nós com lembranças velhas e que acabam sendo esquecidas a cada dia novo que ressurge.
Acho que a hora é de não pensar mais nisso e esperar que o tempo se encarregue de trazer essa vontade, essa inspiração novamente. Inspiração que de desmancha dentre folhas brancas e as sujam todas, com tinta preta de uma caneta bonita.
Porque hoje, um simples papel e uma caneta disparados em minhas mãos não são capazes de traduzir o que eu queria falar. Hoje quem apenas pode revelar tudo da maneira mais sutil e ao mesmo tempo verdadeira, são meus olhos. Eles é que trazem consigo o mais profundo sentimento. Estampado em suas cores, revelando cada acontecimento. Apenas eles hoje são capazes de revelar tudo o que está aqui dentro.
Talvez termine o ano apenas com essas palavras sem sentindo algum para quem as lerem. Talvez eu volte com algo mais sólido para entenderem.
Mas se não conseguir voltar, quero desejar a todos que aqui se fazem presentes às vezes esporadicamente, outros todos os dias... A todos vocês, um maravilhoso Natal e um Ano Novo recheado de realizações. Que continuemos nos encontrando e entrelinhando nossas palavras por aqui.
Agora vou indo, porque o sol lá fora está lindo. Quem sabe sua grandeza não me mova a escrever novamente com mais firmeza.

Beijos...

Um comentário:

Mariana Marques disse...

Nem me fale... essa coisa de querer escrever, de ter algo p falar mas na hora de colocar no papel as palavras simplesmente sumirem... já aconteceu comigo... e não adianta forçar, o negócio é escrever assim q vem a inspiração, se deixar p depois já era... passa rsrs

Maaaas, sempre é tempo p escrever, não eh mesmo? hehe

Bjuu e volte sempre huahuahua